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História do Município

História do Município

I – ASPECTO HISTÓRICO CULTURAL DO MUNICÍPIO
SENADOR RUI PALMEIRA - AL

1. Da origem ao Desenvolvimento:

Para fazer o histórico do Nosso Município é necessário se reportar à história do Município de Santana do Ipanema. Na sua origem antes de sua Emancipação Política, Senador Rui Palmeira, pertencia ao município de Santana do Ipanema, trazendo como seu nome Riacho Grande.
A colonização da região de Santana do Ipanema data do século XVIII, quando havia um lugarejo habitado por índios e mestiços.
Chegou à região o Padre Francisco José Correia de Albuquerque missionário, natural de Serrinha em, Pernambuco. Procurou catequizar, conseguindo cultivar o sentimento cristão católico no povo e construir a primeira igreja na localidade.
Em 1815, irmãos Martins e Pedro Vieira Rêgo, descendentes de Portugueses, vindo da Bahia, tomaram conhecimento da existência de terras devolutas, localizada na Ribeira do Ipanema, primeiro nome dado a localidade. Solicitaram e conseguiu do rei no Rio de Janeiro uma sesmaria. Doação de terras de uma extensão de doze léguas, próximo da Serra do Caracol à Ribeira do Riacho Grande e, outras tantas de norte a sul da Ribeira dos dois Riachos à Ribeira dos Cabaços.
Transformaram as terras em grandes fazendas, que foram entregues aos filhos. Surgindo, assim novas fazendas.
A freguesia de Santana do Ipanema data de 24 de Fevereiro de 1836, sob a invocação de Sant’ana. Passando a ser vila em 1875, desmembrando-se do território de Traipu. E a Lei 893 de Maio de 1921, elevou Santana do Ipanema à categoria de cidade.
Por volta de 1940, Antônio Afonso de Melo, vindo de Palmeira dos Índios, instalou uma fabrica de cordas na região, hoje ocupada pela sede do Município de Senador Rui Palmeira. Ela utilizava como matéria-prima o caroá, planta de pouca folhagem que era encontrada com facilidade na região.
Em torno dessa atividade cresceu um reduzido povoado. Havia apenas casebres feitas de taipas, pertencentes aos funcionários da fabrica de caroá. E em 1942, por conta da industrialização do caroá, esta progressista cidade recebeu o título de “Usina”.
O inicio das atividades comerciais com característica de feira livre, deu-se em 30 de Outubro de 1943. Realizou-se, nesta data, a celebração da Primeira Missa pelo Cônego José Bulhões.
Em 1945, José Rodrigues Fontes montou um alambique para venda e produção de cachaça.
Recebeu o topônimo Riacho Grande em razão de está localizado a margem do rio Riacho Grande. Rio temporário que perpassa o lugar e no inverno, com as chuvas, obtém uma razoável largura.
Foi com esse nome de Riacho Grande, adotado definitivamente pela população e ratificado pelo Missionário Francisco Capuchinho Frei Damião de Bozzano, que o povoado se desenvolveu. Nesta época, Riacho Grande ainda era pequeno distrito subordinado ao município de Santana do Ipanema, que tinha como Prefeito Coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão.
Os primeiros habitantes deste município foram: Antônio Afonso de Melo (o pioneiro), José Barbosa Vanderlei, José Vanderlei, Martiliano Vanderlei e José Vieira Rego.
Riacho Grande foi resultado de uma longa caminhada de luta na busca de sua identidade emancipativa, em vista do desenvolvimento crescente do povoado, diante desse ideal da sociedade, que avança para uma politica social independente, regida pelo imperativo ético dos direitos de liberdade, surgia à iniciativa do seu desmembramento politico. Só então no dia 13 de maio de 1982, o processo de emancipação politica do município por meio de um decreto chamado de plebiscito. Assim foi consolidada a emancipação do mesmo, desvinculando-se do município de Santana do Ipanema, passando a ter a sua jurisdição própria, ou seja, constando no mapa de Alagoas como Senador Rui Palmeira.
O nome Senador Rui Palmeira, homenagem feita pelo então governador Guilherme Palmeira ao seu pai. Rui Soares Palmeira – recebendo como gentílico: rui-palmeirense. Senador Rui Palmeira foi elevado à categoria de município e distrito pela lei estadual de nº 4346 de 13/05/1982, simultaneamente, ao processo de Emancipação Politica, deu-se a primeira eleição municipal, sendo eleito como primeiro administrador politico municipal, José Vieira de Souza.
O município ocupa um espaço territorial de 360 m² e está localizado no sertão Alagoano, na micro região de Santana do Ipanema (003). Limita-se ao Norte com Maravilha, Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema; Ao Sul: com São José da Tapera; Ao Leste: com Carneiros e ao Oeste: com Inhapi e Canapi.
O município se divide em áreas de zona urbana que corresponde à sede do município, e zona rural que corresponde aos Sítios, fazendas e povoados.
“Os principais sítios são: Povoado Candunda, sítio Recanto, sitio Lajeiro Bonito, sitio Tingui, sítio Alto do Couro, sítio Bom Jardim, Três Coqueiros, Pedra D’água dos Aquino, Malhadinha, Ilha Grande e Laje Grande”.
No processo de evolução histórica a região pós-emancipada com base em dados estatísticos do IBGE, Censo de 2000, o município teve um acréscimo na sua área territorial, com a contemplação de dois (02) povoados que se denomina de: sítio Candunda e sítio Laje Grande, que ate então pertencia ao município de São José da Tapera – Alagoas. Povoado Riacho Grande possuía uma área apenas de 336 km com 8.355 habitantes. Logo após a sua independência emancipatória passou a ter posse de novas terras. Obtendo uma área geográfica de 342,72 m com uma população de 11.979 habitantes,
A razão pela qual o município se beneficiou com a incorporação destes povoados citados, foi devido à revisão de demarcação territorial na região feita pelo o Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico – IBGE que notificou falha no processo limítrofe da região, onde foram mobilizados todos os segmentos políticos da sociedade para a consolidação de acordo com base em fundamentos legais a respeito do sentimento de pertença das terras.